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Não lhe darei um buquê,
talvez uma rosa solitária e viva,
vermelha como a gota de sangue do espinho no meu dedo
e um pouco de dor.
Não lhe tomarei as mãos,
mas lhe abrirei as portas em reverência,
como o cavalheiro que não sou.
Não lhe lerei uma poesia suave,
em suaves sussurros ao seu ouvido,
mas talvez lhe morda o lóbulo,
firme e ansiosamente,
com um gosto azedo ou amargo,
de gostoso pecado, nos dentes.
Não lhe abraçarei,
afetuosamente como a uma irmã,
mas desejarei esmagar-lhe as carnes,
a alma em fúria e desejo,
como em minhas mais cálidas fantasias.
Não lhe proporei romance,
mas intensidade e arrebatamento,
pois que não lhe conquistarei jamais –
nossas almas são estrelas de pontas longas e afiadas,
de difíceis combinações –
nem jamais conseguirei deixar-me conquistar.
Somos os dois tesão e pólvora,
em dias de véspera,
prestes a queimar e explodir.
Quero essa mulher pra mim.
E que seja depois apenas o que o destino quiser...
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