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21 de jan. de 2015
Não culpem as rochas
Um dia seremos pedra. Ou estaremos sob elas. Quiça estaremos muito acima delas. Ou sufocados pelas mesmas. Teremos que nos encontrar com todas as pedras que engolimos, ou atiramos. A certeza desse encontro só não incomoda os tolos. Aqueles que se julgam além das pedras. Incrível como algumas pessoas não aprendem com as experiências, com o tempo e com as pedras. Algumas pessoas serão sempre fragmentos que não encontram a sua totalidade. Nunca se tornarão rochas pelo simples fato de se contentarem em ser fragmentos. Fragmentos de vida, de história, de vivências. Fragmentos frágeis que não encontram meios de se consolidar. As rochas incomodam. O que os fragmentos não sabem é que ninguém nasce rocha. Ser rocha demanda auto-conhecimento, trabalho árduo, investigações, pesquisas, experimentos. É muito mais fácil ser fragmento e odiar a rocha do que se auto-conhecer e encontrar seus meios de consolidar-se. As pessoas tem medo de evoluir e encontrarem-se com elas mesmas. A pior convivência é consigo mesmo, quando você não sabe com quem está convivendo. Viver sob o mesmo teto e não saber com quem pode ser uma das piores experiências que um ser pode experimentar. Jung, em sua profunda sabedoria, escreveu "Qualquer árvore que queira tocar o céu precisa ter raízes tão profundas a ponto de tocar o inferno". Poucos são aqueles que tem coragem, ousadia e determinação para tocar o inferno. Se não quiserem, não toquem, mas depois, não culpem a rocha.
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