..

..

20 de fev. de 2011

Quase amigos





Exalta-se a necessidade de amigos para os momentos felizes, amigos para os momentos de tristeza, amigos para dividir, amigos para compartilhar, amigos para distribuir.. Mas o que é realmente um amigo? Aquele que sabe tudo de você? Aquele com quem você compartilha coisas íntimas e inconfessáveis? Aquele que você não se contém para contar alguma coisa porque sabe que ele vai entender perfeitamente do que você está falando e até mesmo o que você está sentindo. Esses são bem raros. Esses são os especiais. São pessoas que você poderia levar para o resto da vida, mesmo que distantes. Afinal de contas, distância não mede carinho, não mede o lugar especial no qual você colocou aquele amigo, não mede o fato de você ter tão pouco espaço na sua vida para colocar essas pessoas. Difícil é encontrar um desses, e quando você encontra, você não quer perder por um motivo bobo ou infame. Mas você perde, e normalmente, por um motivo bobo E infame. Aí você se pergunta pergunta - quando foi que eu me equivoquei? quando foi que eu perdi a noção de que aquele era um amigo de uma via e não de duas? O pior nem é isso. O pior é que no decorrer da amizade, você detecta uma ou duas ocasiões em que a sua amizade não foi recíproca, mas deve ter havido muitas outras nas quais você não estava prestando muita atenção. Porque quem faz uma, faz muitas, faz todas e faz sempre.