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29 de abr. de 2013

Arrisque-se



Rir é correr risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.



Sêneca

2 de abr. de 2013

Esse tipo de certeza...


Há muito tempo tenho resistido assistir o filme As Pontes de Madison. Apesar de já ter tentado vê-lo uma meia duzia de vezes, existe uma certa monotonia no filme que me faz abandoná-lo. Tem o fato de eu não gostar do Clint Eastwood também, por alguma razão que sequer consigo explicar. Dessa vez não foi diferente.  O filme estava começando e eu, pelo que seria talvez a sétima vez, tentei assistir. Não durou 10 minutos e mudei de canal. Passeei por vários canais e vários programas. Nada de muito interessante havia por ali. Após uma hora, provavelmente, de busca incessante por algo que me atraísse, cai novamente dentro das Pontes de Madison e pensei.. Por que eu não gosto desse filme? Hoje vou descobrir. E continuei daquela cena em diante, sem me importar muito com o que já tinha perdido do filme.  E a cena do momento era o Clint dizendo.  "Esse tipo de certeza só se tem uma vez na vida". Pelo olhar apaixonado dele, deu para entender sobre o tipo de certeza que ele estava sentindo naquele momento. E naquele mesmo momento pensei nas certezas nossas de cada dia. Será que elas são coisas de filmes ou coisas da vida? Será que as pessoas conseguem estabelecer as maiores e as menores certezas da vida? Ou será que tateiam ao caminhar  pelas certezas,  nomeando-as de maiores e menores para poderem prosseguir com as suas vidas. A certeza de ter feito a coisa certa, a opção certa, tomado a decisão certa. A certeza de ter pego um caminho que não deixou outros a serem percorridos. Ah os caminhos não percorridos... Serão esses que nos dão a certeza de ter feito a coisa certa? Continuei a ver o filme e tive que me render à certeza do ator. Realmente, naquele filme, havia uma certeza que ele levou por 30 anos. Obviamente, para cada certeza que uma pessoa tem, a outra, o objeto do amor do outro,  vive com a incerteza da opção. Trinta anos de certeza dele, foram trinta anos de incerteza dela, que optou por viver a vida de todos que a rodeavam, menos a dela. Acredito que no mundo existam milhares de pessoas vivendo de opções que causam incertezas,  em nome de outras pessoas, cujas vidas seguiriam da mesma forma, pois as opções de uns não deveriam ditar a felicidade de outros. Afinal de contas, esse filme não pode ser tão famoso e tão tocante á toa.