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8 de jun. de 2008

A casa da avó

Hoje é dia de ir à casa da avó. Todas as pessoas, em algum momento de suas vidas, vai milhares de vezes à casa da avó. Digo avó, porque os avôs morrem sempre primeiro e sobra ir para a casa da avó. Os motivos podem ser os mais diferentes possíveis: os pais mandaram, a avó descola a grana para o final de semana, lá tem o melhor bolo de fubá que alguém já comeu, a avó está doentinha, a macarronada do domingo na casa dela é imperdível, entre outros. É lá na casa da avó que a gente descobre, também, que avós, até as mais boazinhas, têm netos preferidos. Isso mesmo, a avó faz distinção entre os netos e isso sempre causa um certo constrangimento aos menos queridos, porém cada um segue firme indo semanalmente na casa da avó. Outra coisa que se descobre na casa da avó são os cacarecos mais estranhos, que causará uma certa briga entre os entes queridos para saber quem herda o quê. Afinal de contas, cada uma daquelas coisas têm um valor inestimável para cada um e, algumas vezes, para dois ou três. Conheço famílias que fazem da casa da avó um pandemônio, e a avozinha deixa, afinal de contas, netos são a coisa mais preciosa do mundo. Conheço famílias, cujas avós já são mais moderninhas e não querem nem saber de netos fazendo algazarra na casa delas. Tempos modernos e novas tendências. Tendo essa ou aquela avó, hoje é dia de visitar a casa da avó. Pois é, que pena, eu não vou, eu não tenho mais avó.

Um comentário:

Anônimo disse...

Também não tenho mais casa de avó para ir, parece que quando perdemos a avó perdemos nosso direito de ser criança...
Enfim, Naís, já que não temos casas de avós para ir, podemos fazer um programa diferente...tenho uma sugestão, mas como sei que é uma mulher inteligente e perspicaz, já deve saber o que é e onde...rs.
Nos encontramos lá.