A metade das mulheres que eu conheço gostariam de ter mais peitos. A outra metade gostaria de ter menos. Não conheço uma só mulher que esteja satisfeita com o tamanho dos seus seios. Na adolescência, as meninas morrem de vontade de ter seios grandes. Então os seios crescem, e aí essas mesmas meninas morrem de vontade vontade de ter seios pequenos. Obviamente, porque eles cresceram mais que o esperado. Seriam as mulheres fadadas a, eternamente, serem seres insatisfeitos com seus contornos físicos? A lista de contornos para deixar uma mulher infeliz é infinita: seios, pernas, nariz, bunda, quadril, orelhas, queixo, barriga. Tudo precisa de uma mudança aqui e ali. Na cabeça das mulheres, essas reparações são fundamentais. Não que exista nada de errado com aqui e com ali. Simplesmente, fantasiar sobre um novo contorno é algo que fascina 10 entre 10 mulheres. Quando uma mulher tem algo de que não gosta, ela imagina que mudar aquilo de que não gosta vai mudar radicalmente a sua vida, seu modo de ver a vida, seu modo de ser vista, seu emprego, seu relacionamento com o homem amado, com os vizinhos, com o seu cachorro e com os cachorros dos seus vizinhos. Na maioria das vezes, o defeito que tanto incomoda uma mulher, nem sequer é percebido pelas pessoas que a cercam. Tive uma amiga que tinha as orelhas de abano mais feias de que já se teve notícia e um nariz muito, muito horroroso. Certo dia, ela chegou toda animada e me disse:
- Adivinha? Vou fazer uma cirurgia plástica.
- Jura? Você não precisa de cirurgia plástica.
- Mas eu vou. Adivinhe onde?
- Não faço idéia. Onde?
- Chuta!!!???
- Na orelha? Você nem precisa!!! Mas seria um bom lugar para você dar uma mexidinha. Ia ficar ótimo.
- Não. Não é na orelha. Chuta onde?
- No nariz? Realmente um pequeno reparo no nariz ia ficar muito legal e deixar seu perfil muito mais suave.
- Não. Não ....
E com a cara mais desanimada do mundo, me disse:
- Na verdade, eu vou fazer uma cirugia no queixo.
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