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7 de abr. de 2007

Kitsch

Eu adoro um bagulho kitsch. Não posso ver um pingüin de geladeira que me animo toda. Uma cesta aramada de colocar ovos em forma de galinha me dá frisson e preciso ver com as mãos. Flores de plástico, então, nem se fala. Podemos conviver com elas de uma maneira muito saudável, pois são anti-alérgicas, não precisam de cuidados especiais e quando ficam velhas não soltam todas as folhas secas e não cheiram cemitério ao serem jogadas no lixo. Que casa não tem um ou dois objetos kitsch, esteticamente colocados, em um lugar de destaque. Tenho certeza que se você olhar em volta, achará um objeto kitsch bem pertinho de você. Kitsch independe de cultura, nacionalidade e classe social. Já me deparei com um dálmata de louça em tamanho natural em uma sala muito elegante, porém alguém, em algum momento, não resisitiu e se rendeu ao kitsch da coisa. Existem certos objetos que são irresistíveis. Não que você vá querer tê-los em casa, mas saber que eles existem já faz a diferença. Além do mais, muita coisa que hoje é kitsch fez parte da nossa infância. Hoje fazemos cara feia para aqueles objetos que nossos pais consideraram a alma da decoração nos áureos tempos e colocaram estrategicamente nos locais mais nobres da casa. Fazemos isso para parecermos modernos e arrojados, mas no fundo, no fundo, existem certas coisas que nos dão um friozinho na barriga e nos remetem para dias totalmente memoráveis...

2 comentários:

Anônimo disse...

Não sei se é propriamente "kitsch"; tenho uma coleção de ciscos e todos os imãs de geladeira que ganho, boto nela. Ah... recentemente ganhei um galho de pitangueira com um ninho de rolinha abandonado! Quem quer?

Anônimo disse...

Bagulho kitsch!!??