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28 de jul. de 2007

Medo de botas

Dentre todos os meus medos, pavores e terrores, do que eu tenho mais medo mesmo nesse mundo é de mulheres de botas. Bastou chegar o inverno e começa o show de horrores. É um tal da mulherada arrancar bota velha e antiga do guarda-roupa que não tem mais fim. Quando muito, engraxam, tiram a poeira, metem uma meia e despencam no mundo a desfilar botas dos invernos do século passado. Nada contra uma economia básica. Sei que botas custam caro, mas daí a sair assustando pessoas pelas ruas com botas mal combinadas já é demais. Aliás, penso que o problema não são somente as botas, mas a maneira como as mulheres compõe suas roupas com as ditas cujas botas. Gordinhas, magrinhas, altinhas ou baixinhas: nenhuma delas procura a bota certa para o seu tipo físico. Existem pernas longas e finas que podem se dar ao luxo de escolher mais modelos de botas. A Olivia Palito é um bom modelo para você se inspirar, se tiver esse tipo físico. Pernas grossas e curtas? esqueçam as botas definitivamente. Pernas grossas? Cuidado ao fechar o ziper ou você poderá ter que usar as botas para o resto de sua vida. Cuidado especial há de se tomar com: calças por dentro das botas (uhhhhh), botas com minissaias (aiiiiiii), botas sociais com roupas esportivas (ihhhhhh) botas de salto com calças de jogging (arghhhh). Hoje foi um dia especialmente frio e nesses dias eu fico com medo de sair às ruas e encontrar muitas mulheres de botas, mas bravamente saí e bravamente as encarei. Vi todos os tipos acima e mais alguns que nem valeria a pena mencionar. Porém, a mais amedrontadora foi uma mulher baixinha, gordinha, de legging, com uma bota de cano longo, por dentro da calça, toda amarrada em ilhoses, de saltos finíssimos e altíssimos e pasmem, um naco de barro em cada um dos saltos da bota. Foi nesse momento que decidi voltar para casa e contar para todo mundo porque eu tenho medo de mulheres de botas.

3 comentários:

Anônimo disse...

A Tira da Bota

Quando eu botava a minha bota
botava também uma tira
que só podia ser tirada
quando eu tirasse a minha bota.
A tira da minha bota
era feia e desnecessária.
Minha avó chamava-se Carlota
e sempre dizia:
Tira a tira dessa bota!
Mas a tira só saía
se eu tirasse a minha bota
e então eu respondia:
Não dá para tirar a tira
Vó Carlota,
porque eu já botei a bota!
Ela ficava nervosa.
Tira a bota! E então tira a tira!
Não gostava da tira
a Vó Carlota
mas a minha tia adorava.
Chamava-se Tia Elvira.
E gritava:
Bota a tira! Deixa a tira! Não tira a bota!
Minha Avó Carlota: tira a bota!
Minha Tia Elvira: bota a tira!
Minha Avó Carlota: tira a tira!
Minha Tia Elvira: Bota a bota!
As duas nunca se entendiam
minha tia e a minha Avó Carlota
minha avó e a minha Tia Elvira.
Quando eu botava a minha bota
botava também uma tira
da qual minha avó não gostava
mas que linda era para a Tia Elvira!
Minha paciência já se esgota!
Já quase acabando a minha cota
de repetir a mesma nota
a mente da gente é que gira:
o que faço, afinal?
Tiro a bota e boto a tira
ou tiro a tira e boto a bota?

Nah disse...

Gonzo...

Eu amo quando você me visita. Adoro os seus comments..quando é que você vai disponibilizar sues textos gostosíssimos?

Beijo

Anônimo disse...

Recomecei com outro blogue. Um blog à toa:

http://pirrabugge.blogspot.com/

vai lá. Beijos.