Algumas línguas são muito bem vindas dentro das nossas bocas, outras nem tanto, e a esmagadora maioria, nem a pau. Dizem que o beijo de língua (ou French kiss) nasceu na França, mas poderia ter nascido em qualquer lugar, precisando apenas de dois sacanas querendo reverter e bagunçar o bom e comportado selinho que, diga-se de passagem, é o beijo mais sem graça inventado até hoje. Sabe-se, também, que a troca de saliva entre os beijantes de língua é muito grande e que essa prática pode causar algumas doenças, como é o caso da mononucleose infecciosa. Mostrem-me, porém, uma única pessoa que na hora do beijo tenha pensado nisso, ou em alguma que conheça a doença ou saiba que ela é transmitida pela saliva. Riscos à parte, o beijo de língua é muito bem vindo quando sente-se grande atração pelo outro ou pela outra, não deixando de fora aqui qualquer pessoa, seja qual for sua orientação sexual. Mas o que será que nos leva a querer certas línguas e a desprezar outras? Tem também aqueles casos em que você deseja ardentemente uma língua e quando você começa a beijar é quase como se você tivesse permitido a um organismo morto adentrar a sua boca. Será somente falta de empatia entre as línguas ou tem gente que não vai aprender nunca dar um bom beijo de língua?
Um comentário:
... já tinha desconfiado disso... só não tinha formado: as línguas parecem ter vida própria... se engraçam de quem querem, sem nos consultar... e muitas vezes dizem o que querem... e a gente é que responde pelo que dizem...
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