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29 de jun. de 2008

A culpa nossa de cada dia

"O homem é o único culpado de sua própria perdição", já dizia Maomé. Todo mundo sempre se acha culpado de alguma coisa. Alguma coisa que fez. Alguma coisa que não fez. Alguma coisa que fará. Ou alguma coisa que não fará, exatamente para não sentir culpa. Mas de onde vem a culpa? De uma criação severa, onde os pais punem seus filhos por todas as coisas que são preazerosas? De um aprendizado religioso que jamais sairá de nossas mentes e dos nossos corpos? De uma cultura que quer complicar a nossa vida pelos resto de nossos dias? Lidamos com a culpa como se ela fosse premonitória. Parece que a culpa está diretamente ligada ao prazer. Geralmente a culpa é seguida de qualquer ato ou pensamento que nós dá prazer. Tudo que não dá prazer não gera culpa. Quem se sente culpado ao levantar Às 5:00h da manhã de uma segunda feira para ir ao trabalho? Quem se sente culpado de ir para o parque levar o cachorro para fazer xixi? Quem se sente culpado de comer saladas e carne magra sem direito a sobremesa? E já que a culpa é alguma coisa tão pesada e ligada ao desprazer, vamos jogar a culpa de tudo no outro. Sim. Vamos usar esse mecanismo para nos livrar da culpa, ou caso contrário teremos que nos autopunir e autopunição não é algo tão fácil quanto jogar a culpa no outro. Culpa gera medo, sofrimento, estagnação, submissão, remorso. Que tal nos sentirmos menos culpados e mais responsáveis? Afinal de contas, quando nos sentimos responsáveis temos em nossas mãos o controle da mudança. E chega de culpa!

22 de jun. de 2008

Domingos...

Seria o domingo o final e a celebração de mais uma semana que se passou? Ou seria um dia em que todos os diabos da semana que está por vir aparecem simultaneamente em nossas mentes? As pessoas passam o dia descansando da estressante semana anterior ou se preparando espiritualmente para uma nova semana? As pessoas se agarram aos mais diferentes jornais para se atualizarem sobre as notícias passadas com o intuito de estarem bem informadas ou procuram nas entrelinhas deixas para antecipar quais serão as tendências da próxima? Tenho para comigo que domingos foram feitos para reflexões e para sentimentos intensos. Aos domingos, todos querem dormir mais, descansar mais, comer mais, relaxar mais, passear mais, namorar mais! Há os que tenham compromissos abomináveis como visitar a sogra chata ou receber a visita da dita cuja. Há os que tenham que passar o domingo com os filhos de um casamento acabado, quando na verdade gostariam de estar andando de moto com a nova namorada. Há aqueles que se sentam mais solitários do que normalmente se sentem só porque é domingo. Há aqueles que não tiram os pijamas e quiçá nem tomem banho. Alguns lavarão os carros, alguns passearão com os cachorros, alguns farão planos para começar a dieta na segunda. Outros pegarão uma fila interminavél no restaurante só para não ter que lavar os pratos. Seja lá o programa que se tenha para o domingo, todos, sem exceção, esperam desesperadamente por esse dia preguiçoso e enigmático.

12 de jun. de 2008

O porteiro que não é o Zé


Quase todos os porteiros chamam-se Zé. Eu conheço um que não se chama. Porteiros são os seres mais antenados do mundo, que sabem mais da gente do que qualquer parente próximo ou qualquer amigo íntimo. Eles sabem dos nossos horários, das nossas visitas, dos nossos carros, dos nossos compromissos, das nossas contas. Quando a gente troca de carro, quem é a primeira pessoa que vê o carro novo? O porteiro. Quando a gente não vai trabalhar, quem é primeiro que sabe que não vamos? O porteiro. Quando a gente fica doente e chama o motoboy com o remédio, quem é o primeiro a saber que estamos doentes? O porteiro. Porteiros sabem se preferimos comida chinesa ou pizza. Porteiros sabem quando trocamos os móveis, quando cancelamos a assinatura de uma revista, quando contratamos um novo plano de saúde, quando somos multados e até mesmo quantas vezes fomos multados. Neste mês recebi 3 multas de sete pontos e estou estressadíssima com isso. Ontem o porteiro interfonou e me disse que viria entregar a correspondência e eu disse: "Pelo amor de Deus, Ademir, não me traga outra multa que eu já estou totalmente ferrada com três!!! E ele, muito solícito e gentil como sempre, me respondeu: "Não, não, dessa vez são só contas mesmo.

Homens: péssima notícia

Homens: eu tenho uma péssima notícia! As mulheres heterossexuais ficam tão excitadas por homens atléticos nus fazendo ioga ou jogando pedras no oceano, quanto ficam com imagens dos Himalaias cobertos de neve. Péssimo não? Quando vocês desfilam nus, se achando o macho mais gostoso do planeta, elas não estão nem ai. Essa é a conclusão de uma pesquisadora da Universidade de Toronto. "Para as mulheres heterossexuais, olhar para um homem nu caminhando na praia é tão excitante quanto ver uma paisagem", conclui a pesquisadora. O milagre dos músculos esculpidos não causam qualquer excitação nas mulheres, a menos que eles estejam em alguma atividade que transmita sensualidade. Aliás, nem precisa ser um homem em atividade sensual. Mulheres são sensíveis a homens com homens, mulheres com mulheres e homens com mulheres, desde que seja em um contexto de sensualidade e a resposta está diretamente ligada ao nível de atividade da cena. Outra informação chata para os que "se acham" é que as mulheres respondem às imagens de casais em atividade, inclusive de outras espécies. Na pesquisa, mulheres ficaram significantemente excitadas com centenas de chimpanzés bonobo cruzando, mais do que ficaram quando olharam homens nus. Ponto para os primatas? E quando a pesquisadora pediu que as mulheres classificassem sua própria excitação diante dos vídeos que assistiam, as mulheres, homo ou heterossexuais, tendiam a dar maior classificação para filmes mostrando mulheres. Eu não, necessariamente, concordo com tudo isso. Reclamações com Meredith Chivers, do Centro de Vício e Saúde Mental da Universidade de Toronto.

8 de jun. de 2008

A casa da avó

Hoje é dia de ir à casa da avó. Todas as pessoas, em algum momento de suas vidas, vai milhares de vezes à casa da avó. Digo avó, porque os avôs morrem sempre primeiro e sobra ir para a casa da avó. Os motivos podem ser os mais diferentes possíveis: os pais mandaram, a avó descola a grana para o final de semana, lá tem o melhor bolo de fubá que alguém já comeu, a avó está doentinha, a macarronada do domingo na casa dela é imperdível, entre outros. É lá na casa da avó que a gente descobre, também, que avós, até as mais boazinhas, têm netos preferidos. Isso mesmo, a avó faz distinção entre os netos e isso sempre causa um certo constrangimento aos menos queridos, porém cada um segue firme indo semanalmente na casa da avó. Outra coisa que se descobre na casa da avó são os cacarecos mais estranhos, que causará uma certa briga entre os entes queridos para saber quem herda o quê. Afinal de contas, cada uma daquelas coisas têm um valor inestimável para cada um e, algumas vezes, para dois ou três. Conheço famílias que fazem da casa da avó um pandemônio, e a avozinha deixa, afinal de contas, netos são a coisa mais preciosa do mundo. Conheço famílias, cujas avós já são mais moderninhas e não querem nem saber de netos fazendo algazarra na casa delas. Tempos modernos e novas tendências. Tendo essa ou aquela avó, hoje é dia de visitar a casa da avó. Pois é, que pena, eu não vou, eu não tenho mais avó.

6 de jun. de 2008

David Beckham

Uma coisa que a gente pode ter certeza é que David Beckham não é podólatra.





Outra coisa que a gente pode ter certeza é que a Victória Beckham é uma puta de uma sortuda.

4 de jun. de 2008

Quanticamente desconectada

Sabe quando você acorda quanticamente desconectada? Com a sensação de "não pertenço"? Tudo parece distante e desfocado. As coisas não se encaixam. As pessoas não te respondem o que você pergunta. Algumas vezes essa desconexão dura algumas horas, um dia ou até mais e você se pergunta "O que exatamente aconteceu para eu desconectar-me?" E muistas vezes a resposta é, ...nada. Nada aconteceu para nos sentirmos assim, mas nos sentimos. Nada mudou, hoje nada parece diferente de ontem, apenas você e seus pensamentos. Talvez essa desconexão seja um momento de mudança interna, de evolução, de um amadurecimento do qual o nosso consciente não se dá conta. No momento que nos deparamos com essa desconexão, totalmente fora do planejado, tudo fico pouco paupável e controlável e todos gostamos de ter o controle absoluto de todas as coisas. De repente, você se vê tendo que conectar-se novamente e sem sequer sabe quando foi o momento de ruptura. Respire fundo, pense que mudanças são necessárias e saudáveis. Nesse momento, ouça uma música que você gosta, tome uma boa taça de Sul Bric Monferrato, prepare a sobremesa de sua preferência, pense num beijo inesquecível, veja fotos de uma viagem que te causou arrepios. Exerça seu poder sobre o que você pode controlar: seus sentimentos com relação a si mesmo e suas atitudes. Desejo a você um ótimo momento de desconexão!!

2 de jun. de 2008

Aposentadoria já!

Um dia, eu ainda vou pular feliz em cima da cama comemorando essa tão falada, esperada, sonhada, desejada e, por alguns, temida aposentadoria. Fazem da aposentadoria um bicho de sete cabeças. Eu discordo. Todos nós, se não sucumbirmos antes, temos direito a uma aposentadoria feliz, sadia e de preferência, longa. Vejo pessoas que já poderiam estar aposentadas, caindo aos pedaços, e ainda trabalhando. Não só tirando a oportunidade de jovens, como deixando de aproveitar momentos preciosos de vida. É claro que ser um aposentado no Brasil é ainda mais desolador do que em qualquer outro país, mas ainda assim, é um tempo livre que nos pertence. Deveríamos nos aposentar, no máximo, aos 40 anos. Estaríamos, dessa forma, plenos e absolutos para curtirmos a vida. Essa coisa de se aposentar aos 65 anos é desoladora. Muita gente nem chega aos 65 anos. E a contar que tem gente que começa aos 15, lá se vão 50 anos de pura escravidão. O que é que querem de nós? Que trabalhemos até a morte? Que puta sacanagem. E quando você bravamente chega lá, ainda tem que encarar o estigma de ser aposentado. É claro que se você se aposentasse aos 40 não haveria essa coisa de ser olhado como um velhinho acabado. As pessoas te olham torto, como se alguém tivesse a obrigação e o dever de trabalhar até os 90. É claro que com a idade que a gente se aposenta só nos resta jogar bingo, baralho, damas, tricotar, bordar e fazer bolo de chocolate para os bisnetos. "Libertas quae sera tamen". Um dia eu também chego lá!